segunda-feira, 25 de junho de 2012

Acampamentos de verão 2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Sonhos do Acampáki (I)

Eu sonho ser feliz

se for capaz de tornar os outros felizes.

Mas não me importaria de ser feliz primeiro.

Embora talvez, talvez, primeiro deva amar a Deus.

Que será o futuro sem união e sem amor?

Como serei feliz se a minha família não o for?

E se houver pobreza e guerra em meu redor?

Precisarei de tranquilidade, de paz e serenidade

E de me sentir bem e estar unido aos meus.

Também gostaria de alcançar o que espero

e aqui ainda não revelo. Quero é ser feliz

e ser uma pessoa melhor aos olhos de Deus

e da Humanidade.

(A partir dos sonhos pessoais dos acampákis)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Grita comigo

«Grita comigo que é possível avançar contra a corrente Grita comigo que é possível se te tiram as palavras Será a tua vida a que grita fortemente»

Quem é Este que se cala e nos diz para gritar interiormente com Ele… quem será este Ser que nos cala e nos faz alerta num mundo em constante mudança? Porque nos calamos perante tanto manancial, o que nos terá para pedir, oferecendo sempre mais do que aquilo que Lhe pedimos… Não permaneço permanecemos indiferentes, às palavras que se calam, inquietam, exigindo e esperando de nós acção… não permaneço indiferente a longitude a que por vezes me faço acompanhar, a ausência fere, magoa…a presença é portadora de alegria perseverante…

Calamo-nos, silenciamos e deixamos transparecer o eco que grita connosco… calamo-nos e nada ouvimos, apenas o ruído da pobreza da singeleza do que somos. Enveredamos por um acreditar de novo dia, no entanto permanecemos envoltos muitas vezes na dúvida que persiste de um coração calado, por não querer escutar a verdade que ecoa no mais profundo de nós… que guardamos para alem do medo dos actos que nos exigem e nos transformam!

De «mãos vazias» o muito recebemos se nos dispusermos a tal. Mesmo estando e sentindo-nos sozinhos de uma forma livre, acolhemos o Tudo que nos grita e nos convida a entrar, permanecer, ficar! A ausência fere… a conquista perpetua no tempo a certeza do amanha?

UM HABITANTE DA ALDEIA DE REDENTO DA CRUZ...

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Devo olhar para além da janela

É de manhã.
Acordo, e erguendo a cabeça suavemente, olho pela janela. E que vejo? Vejo o paraíso onde vivo.
Talvez este paraíso não seja como muitos esperam, talvez não seja aquele lugar mágico onde talvez se possa repousar sem problemas e preocupações.
Não é. Este paraíso a que me refiro, é apenas , o local onde vivo.
E porquê, perguntareis vós.
Porque neste local onde vivo a que chamo de paraíso, não morro de fome, não morro com malária ou sida nem vejo a minha família morrer por tais (ou outras) cruéis enfermidades.
Este paraíso onde vivo, por vezes me cega e por vezes torno-me aliado dessa cegueira, mas tenho de resistir e ter forças para poder dizer NÃO. Devo contorná-lo, devo olhar para além da janela que me impede de ver a realidade. Não devo, pois, fechar os olhos e o coração, mas sim abri-los, cada vez mais, sem receio nem medo, mas sim com amor e determinação.
Porque devo deixar este paraíso? Porque, não eu, mas outros, olham pela janela e apenas vêm miséria e destruição, fome e morte.
Como posso repousar sabendo de tal? Como poderei viver comigo próprio sentindo-me um egoísta para com os outros?
Este acampamento, o Acampáki, despertou em mim todos estes sentimentos. Espero nunca os perder e mantê-los sempre dentro de mim para nunca me esquecer de rezar por todos os que sofrem, por todos os oprimidos.
Guardo deste acampamento todos os bons momentos e espero continuar a acampar e carminhar com ELE.
Guardo também todas as amizades.
E guardo a esperança de mais um acampáki:-)
Francisco de Babo Martins
[Aldeia de S. João da Cruz - Caíde]