Oitavo dia - Domingo - 5 de Agosto
Acordarmos e o dia saudou-nos radiante e quente. A piscina estava majestosa. Ainda pensei que todos lá iríamos parar. Mas não. Não houve tempo. Era preciso arrumar os sacos, esticar as cordas, dar brilho ao acampamento. E preparar a Eucaristia da tarde. Chegara a hora fatídica das despedidas e lamentações: afinal, porque trouxemos tanta roupa e tantos acessórios? Ou terão os sacos encolhido e agora não comportam tudo? A resposta não é fácil. O certo é que estando o Acampamento num brinquinho, a refeição tomada e a louça lavada, chegaram os pais. Com os pais por perto tudo fica mais sossegado: os rebeldes são afinal mansos cordeiros; os afoitos são bébés de colo; aos contestários falta-lhes carinho e beijinhos das mamás.
Mal os pais chegaram estamos prestes a iniciar uma linda procissão em direcção ao Santuário, subindo o monte pela penúltima vez. São três horas da tarde. Terminará pelas seis. São tudo exageros causados pela inexperiência do sacerdote celebrante. A missa termina no Acampamento com a bênção aos habitantes de cada Aldeia. Segue-se um refresco, e ala que se faz tarde. Aliás, amanhã muitos trabalham! Por fim, falta ainda esfolar o rabo da coisa. É sempre o mais difícil. Ficamos seis a limpar e a atar as úlimas pontas. Quando tudo foi passado a pente fino já era noite. E ainda havia que meter pés ao caminho e tragar muitos quilómetros. A última foto é exactamente aquela, onde, já noite, estamos os seis sorridentes e tristes. A coisa, o Acampáki, terminara. Infelizmente terminara. Não sei se alguns de nós os seis chorou. Mas que horas antes muitos choraram foi verdade. Alguns moveram influências e usaram estratégias para ficarmos mais sete dias. Mas não dava. Afinal, foi em sete dias que Deus criou o mundo. E em sete dias muitos ali renasceram de novo, como novas criaturas. Para já não precisam de mais tempo, mas que o tempo os ajude a levedar na família. Para o ano logo se vê.