sábado, 11 de agosto de 2007

Notas finais | Dia V | 2 Ago

Quinto dia - Quinta-feira - 2 de Agosto
O dia amanhece frio, mas à medida que for crescendo irá aumentando a temperatura. Há nuvens, mas acima de nós. Não entre nós.Hoje será um dia agitado.
Pela manhã recebemos o Nuno Óscar, jovem carmelita missionário. A crónica da sua prelecção pode ser encontrada noutro lugar. O Óscar está magro, como alguém notou. Regressou de Moçambique após dois anos de doação missionária. No corpo traz seis malárias. Não é que não tenha querido esperar pela séptima, o tempo contratualizado é que findou entretanto. Está de novo entre nós, mas não parece o mesmo. A magreza incendeia-lhe a voz e a experiência do vivido vinca-lhe o discurso. Diz exactamente o que quer dizer e não disse mais porque tínhamos de... comer, e ele de ir trabalhar, para... comer.O seu testemunho foi espantoso. Pode lê-lo no tal outro lugar, mas ali não ficará a saber nada. Deveria ter estado no Acampáki para o ouvir, ouvir no silêncio — porque até os pinheiros e eucaliptos se calaram para o ouvirem!
Depois do Nuno almoçámos — ele não!, ele foi trabalhar sem almoçar... —, lavámos e arrumámos a cozinha, descansámos um pouco e subimos de novo para a Sala de Aulas para escutar a Irmã Cristina de São João da Cruz. O testemunho dela está já postado no tal outro lugar. Porém, aqui pode dizer-se o que o seu pai, ali presente, dela disse ao nascer: é um presente da alegria de Deus. É-o ao que parece na sua família, é-o por onde passa e foi-o no meio de nós. Nós vimos, testemunhamos e abraçamos nela a alegria de Deus. Seguiu-se a merenda, a famosa hora de silêncio, a piscina, o jantar. A noite tinha um letreiro: LIVRE. Livre, no caso, significou 3 horas de karaoké!