Sétimo dia - Sábado - 4 de Agosto
O Acampáki está a chegar ao fim. Alguns tentam as manobras mais diversas para dilatar o tempo ou prolongar a semana. Mas o tempo não se engana. A manhã é para pequenos arrumos, para deslizar mais descansadamente na piscina. É tempo de aproveitar. Aproveitar é mesmo o termo.Já temos saudades. Será, pensa-se, que para o ano vai haver?
A tarde é ocupada numa interessantíssima Caça ao Tesouro que percorre a memória, espiritualidade, história e temática mais recente e mais antiga da Ordem. A coisa está tão bem organizada que várias vezes os grupos sobem e descem o monte à procura das respostas. Não há nada que inventar, só têm de acertar e concluir as provas mais dadas à intuição, lógica e conhecimento que ao esforço físico.A esta hora o júri ainda não divulgou os resultados, mas como se espera que o faça clique aqui a ver se já o fez. O Jogo foi tão preenchido e interessante que quase não deu para preparar o sarau da noite. Ainda assim, vivemos aí profundos momentos de união e de revelação. Oh, quanta arte e artistas se escodem no pequeno grupo de acampákis que nós éramos!
Acabamos a noite às duas da manhã, mas nem a hora tardia dispensou o fecho de ouro do dia: a oração da noite. Claro que estámos quase todos a dormir, mas só durante a oração. Pois, logo que se chega ao perímetro das tendas, exactamente aquele círculo mágico que prende as línguas, ata os pensamentos e não deixa falar, ali, sim ali, exactamente ali é que nos apetece falar, rir, contar, cantar, encantar.
Mas a hora é tardia, amanhã é dia de recebermos os pais e a cara tem estar boa. Ou deve apresentar-se bem, pensam os chefes. Por isso, não houve borlas. Foi tudo para as tendas. Houve quem refunfunhasse, mas desta vez os refunfunhos tiveram mesmo de ceder.