Quarto dia - Quarta-feira - 1 de Agosto
O dia amanheceu fresco, com sol envergonhado, nuvens e vento. O programa, porém, mantém-se. A manhã é ocupada em carminhar até monte acima, até à Capela da Senhora do Crasto. Mais uma vez o cronista fica em casa, feito guarda-florestal, pelo que não se inteirou de tudo. Mas sabe que a carminhada começou com um longo silêncio e, e se concluiu em silêncio no adro verde da capela que está virado para a foz do Rio Lima. Por essa razão, e para que o ponto de ruptura não se atinja, logo à tarde não haverá hora de silêncio.Retemperadas as forças, o regresso a casa faz-se descendo a outra ladeira, bastante mais suave, mas mais longa. O caminho faz-se ordenadamente, em dupla fila indiana. Reza-se o Rosário e canta-se. Nos quintais trabalham os velhos, apenas velhos e crianças. Surpreendidos, primeiro, e irmanados depois, páram o trabalho, descobrem as cabeças e unem-se à nossa oração.
A hora da piscina foi uma deliciosa e larga hora. O tempo não é dos mais quentes, mas ainda assim resiste-se porque a semana vai já a meio. É preciso aproveitar.Depois do jantar está previsto que os pais possam visitar o Acampamento. Por isso houve tempo para o arrumar. Porém, só o irmão do Diogo, o Nuno, antigo Carmo Jovem, é que se aproximou. Vive em Viana, os restantes familiares são de longe ou muito longe. Por isso não vieram.O Acampamento corre bem. Oxalá continue a correr como até agora. A presença dos pais é para aferir isso mesmo. Mas como os telemóveis encurtam distâncias e serenam saudades, é compreensível que as visitas tenham sido nulas.